Nesse chão de verniz onde eu não posso pisar meus pés no chão,
Nesse chão de verniz não posso pisar.
Essas torres concréticas monumentais só não purificam o ar.
E eu me sinto como esse chão que lacrado não pode respirar.
Nessa selva concrética em quem me vejo,
Mais parece de longe um paliteiro
Com palitos patéticos subindo, e subindo e expandindo o mundo inteiro.
Se pra evoluir tem que desmatar,
Se pra expandir tem que destruir,
Eu não quero ir
Colonizar
Aculturar
Eu não quero ir.
Ai de mim que sou tupi.
Ai de mim. Sou guarani.
Ai de mim que estava aqui antes de ti.
Há de vir o momento em que preciso
Escavar do concreto até a terra
E fincar os meus pés e o meu umbigo
E fazer fotossíntese.
Se pra evoluir
Tem que desmatar,
Tem que destruir,
Tem que poluir,
Eu não quero.
Máximo Mansur
23 de outubro de 2007
1 de junho de 2007
BABY
Uh baby, baby
Repare bem nesta canção
E só para dizer que estou mudando a rota,
Pois eu não caminho mais em sua direção.
Uh baby, baby
Até mesmo o meu coração
Vai deslisar por outros corações e mentes
E eu não sou o responsável pela situação.
Eu tô mudando, yeh he
E nem me reconheço mais.
E no entanto meu espírito inquieto está tranqüilo experimentando paz.
Eu tô maluco, yeh he
Mas nunca estive tão certo de mim.
Minha cabeça gira num redemoinho que eu criei e é desse jeito que eu estou afim.
Eu não descanso, yeh he
E não verás o meu funeral
Enquanto eu não deixar meu calcanhar impresso, baby, no planalto central.
E eu não desisto, yeh he
E não precisa ninguém me seguir.
Pois tudo que eu preciso é minha mente yeh...
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